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Assunto: O lixo em números
País: Brasil
Fonte: Projeto Apoema
Data: 2/2004
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
Curiosidade (texto):
Quanto Lixo uma Pessoa Produz em Toda a Sua Vida

25 Toneladas de Lixo - do nascimento à morte, essa é a quantidade de

detritos que cada brasileiro vai produzir durante toda a sua vida

Você já reparou na quantidade de sujeira que se acumula na lata de lixo da

sua casa nos fins de semana? Pois é. De lata cheia em lata cheia, cada

brasileiro que viva até os 70 anos de idade vai produzir 25 toneladas de

detritos. Como a família média no país é formada por quatro pessoas, cada

lar irá fabricar 100 toneladas de lixo. São números pavorosos, mas pouca

gente dá atenção a isso até que o lixo - feito um vulcão aparentemente

extinto - dê sinais de vida. Foi o que aconteceu em São Paulo, durante as

enchentes de março de 1999. O lixo foi apontado como o maior responsável

pela tragédia. A intensidade de chuva que caiu sobre a cidade foi semelhante

a da última grande enchente, ocorrida em 1988. Ou seja, não havia mais água

do que há onze anos. Havia, sim, mais lixo, cuja produção dobrou nesse

período. Como ele estava em toda parte, entupiu bueiros, diminuiu a vazão de

água e ajudou a piorar o caos.

O lixo é um indicador curioso de desenvolvimento de uma nação. Quanto mais

pujante for a economia, mais sujeira o país vai produzir. É sinal de que o

país está crescendo, de que as pessoas estão consumindo mais. Segundo um

levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Publica

e Resíduos Especiais, Abrelpe, o brasileiro passou a produzir muito mais

lixo depois do Plano Real. A cidade de Salvador teve um aumento de 40% na

coleta de detritos. Em São Paulo, o crescimento foi de 13%. Os cariocas

assim como os curitibanos, jogaram 22% mais coisas fora. Por dia, calcula-se

que o brasileiro produza 1 quilo de lixo domiciliar. Ainda estamos longe dos

americanos com seus inacreditáveis 3 quilos por pessoa, mas já ultrapassamos

países da União Européia. A questão é que as grandes cidades brasileiras não

têm estrutura para encarar esse crescimento e se encontram perto de um

limite. As prefeituras estão sem dinheiro para a coleta e já não há mais

lugar onde jogar lixo.

O problema ganha uma dimensão mais perigosa por causa da mudança no perfil

do lixo. Há cinqüenta anos, os bebês utilizavam fraldas de pano, que não

eram jogadas fora. Tomavam sopa feita em casa e bebiam leite mantido em

garrafas reutilizáveis. Hoje, os bebês usam fraldas descartáveis, tomam sopa

em potinhos que são jogados fora e bebem leite embalado em caixas tipo

"tetrapak". Ao final de uma semana de vida, o lixo que eles produzem

equivale, em volume, a quatro vezes o seu tamanho. Na metade do século, a

composição do lixo era predominantemente de matéria orgânica, de restos de

comida. Com o avanço da tecnologia, materiais como plásticos, isopores,

pilhas, baterias de celular e lâmpadas são presença cada vez mais constante

na coleta. Em 1986, existia em todo o planeta apenas 1,3 milhão de linhas de

celular. Hoje são 135 milhões e daqui a sete anos serão 850 milhões de

linhas. Todas consumindo baterias altamente tóxicas para a saúde pública

quando jogadas nos lixões. Levando-se em consideração que o Brasil tem 7

milhões de linhas de celular e que 70% do lixo brasileiro é jogado a céu

aberto, a contaminação dos lençóis freáticos localizados abaixo desses

lixões não pára de crescer.

Dar um destino adequado ao lixo é um dos grandes desafios da administração

pública em todo o mundo. No Japão, onde não há lixões, parte dos detritos é

colocada em barcos e enviada para países vizinhos que cobram pelo serviço.

Em Nova York, são aplicadas mu

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