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Assunto: A Natureza Não Espera
País: Russia
Fonte: Revista World Watch
Data: 5/2004
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
Curiosidade (texto):
A queda do Muro de Berlin e a tempestade política que varreu o mundo há pouco mais de uma década foi, acima de tudo, um testemunho do poder do espírito humano para enfrentar adversidades. A Guerra Fria representava uma ameaça à segurança, liberdade e desenvolvimento de todo o planeta, criando uma barreira quase que intransponível entre os povos. Todavia, a combinação certa de visão humana e liderança corajosa levou este período negro da nossa história a um fim pacífico. Hoje, temos à frente outra ameaça, já responsável pelo grande sofrimento de milhões de pessoas: a degradação do meio-ambiente. Para enfrentar este desafio global precisaremos, novamente, de uma visão clara comum, determinação e liderança decisiva.

O impacto e as previsões do aquecimento global estão piorando, a desertificação avança; o desmatamento e a poluição estão pondo nossos ecossistemas em perigo; e mais de 1,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável.

Vimos desastres ambientais com destruição incalculável de vidas humanas e da natureza: a curto prazo, nos últimos meses, ocorreram enchentes devastadoras em grande parte da Europa e Sul da Ásia e destruição de petroleiros ao largo dos tesouros naturais das Ilhas Galápagos e dos recifes de barreira da Austrália; a longo prazo, imensas áreas da Terra foram irremediavelmente marcadas pela perda de florestas antigas, manejo inepto de bacias hidrográficas e contaminação.

Muitos especialistas ambientais alertam que estas tendências já estão avançadas demais para que possamos alcançar a sustentabilidade real através de mudanças graduais; acreditam que dispomos de 30 a 40 anos para agir. O tempo é curto e já estamos ficando para trás.Embora haja um número cada vez maior de iniciativas ousadas por parte de governos e líderes corporativos para a proteção do meio-ambiente, não vejo o surgimento de liderança e disposição capazes de assumir riscos na escala que precisamos para enfrentar a situação presente. Embora existam inúmeras pessoas e organizações dedicadas a promover maior conscientização e provocar mudanças na forma que tratamos a natureza, ainda não vi a visão clara e a frente unida que inspirarão a humanidade a reagir a tempo para corrigir nosso rumo.O exemplo do fracasso de liderança nas negociações sobre a mudança climática em Haia, em novembro passado, é preocupante. Este fracasso repousa nas mãos dos nossos líderes políticos, particularmente dos Estados Unidos, que nem ao menos ratificou o tratado e, em menor grau, na comunidade empresarial, que exerce uma influência cada vez maior sobre as políticas governamentais. Outro exemplo preocupante sobre como estamos errando na condução deste assunto é a natureza cada vez mais secreta do Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente em Davos - isolando os delegados e afastando outros grupos de interesse.

Em Haia e Davos vimos a formação de divisões: Norte contra Sul e pró versus anti "globalizacionistas."

A situação é extremamente grave. É crucial que achemos uma forma de realizar mudanças rápidas e abrangentes na consciência e ação humana em todo o mundo - algo que nos permita provocar uma mudança de curso em grande escala em pouco tempo. Isto não será alcançado se permanecermos divididos.

O fim da Guerra Fria proporciona um exemplo de mudança movida por pessoas que alteraram positivamente o curso da história. Precisamos de uma mudança semelhante - uma mudança fundamental de valores - para assegurar que não deixemos passar esta oportunidade de salvar nosso lindo planeta, e a nós mesmos. Em primeiro lugar, entre as ameaças que deveremos enfrentar, estão aquelas representadas pelas armas nucleares e outras de destruição em massa, pela crise da água e pelo impacto da mudança climática.

Precisamos de uma nova maneira de pensar, uma nova ordem mundial que seja baseada mais em justiça e igualdade e menos em lucro. Pensávamos que a queda do Muro de Berlin introduziria estas mudanças mas, ao invés,<

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