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Assunto: Capina química e pesticidas urbanos arriscam a saúde
País: Brasil
Fonte: Ecol News
Data: 5/2004
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
Curiosidade (texto):
Um laudo do Ibama determina que as prefeituras devem avisar os moradores das ruas a serem pulverizadas com 48 horas de antecedência, mas isso não é feito.

São Paulo - Um administrador de empresas, atento ao ar que respira, iniciou, em Minas Gerais, um movimento contra a capina química, adotada sem nenhum critério por um número cada vez maior de prefeituras municipais de cidades pequenas e médias. Ao se mudar de Brasília para Araguari, no triângulo mineiro, Ludmar Claury de Paiva Oliveira estranhou a presença constante de homens protegidos por macacões, luvas, botas, aventais grossos, máscaras e chapéus, pulverizando a vegetação nas ilhas de avenidas, no meio fio e em outras áreas públicas.

São funcionários de prefeituras ou de prestadoras de serviços, que fazem a capina química ou o controle do capim e do mato em canteiros públicos através do uso de herbicidas. "Os funcionários aplicam o veneno bem protegidos, mas não há nenhuma proteção para os cidadãos e as aplicações são feitas com ou sem vento, em frente a lanchonetes, supermercados ou diante das pessoas conversando nas calçadas", protesta Oliveira.

A maioria dos herbicidas são à base de glifosatos, que podem causar dificuldades respiratórias, dor de cabeça, cansaço, tonturas, perturbação da visão, náuseas, vômitos e diarréias. No meio ambiente, os herbicidas não estão entre os químicos mais persistentes, mas, se mal aplicados, podem contaminar cursos d´água e matar animais.

De acordo com um laudo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, Ibama, obtido por Oliveira, as prefeituras são obrigadas a avisar os moradores das ruas a serem pulverizadas com 48 horas de antecedência, fazer aplicações somente pela manhã, em dias sem vento ou chuva e com temperaturas inferiores a 28ºC. Depois da aplicação, as ruas devem ser interditadas (mesmo à circulação de moradores) durante 4 horas e não se pode tocar na vegetação pulverizada.

Como nada disso é feito pelas prefeituras, Ludmar Oliveira fundou há 2 anos uma organização não governamental, a ONG Melhor@r, e está movendo ações através das procuradorias locais de meio ambiente do Ministério Público.

Em Araguari, a Justiça determinou a suspensão da capina química até que as recomendações do Ibama sejam cumpridas. A cidade não usa mais herbicidas desde a decisão judicial, anunciada no dia 27 de dezembro passado. Em Uberlândia, no último dia 14 de janeiro, o juiz deu um prazo para a prefeitura elaborar suas justificativas.

Oliveira está, agora, lançando uma campanha de esclarecimento ao público, via Internet, na expectativa de incentivar ações judiciais semelhantes em outras cidades.

A exemplo dos herbicidas utilizados na capina química, outros venenos aplicados indiscriminadamente em zonas urbanas ou mesmo dentro de residências contaminam uma grande parcela da população, sem serem sequer identificados como os agentes destas intoxicações. Os casos mais graves costumam estar associados à aplicação de cupinicidas e formicidas, por se tratarem de venenos mais fortes. Mas os inseticidas domésticos - contra moscas, mosquitos e baratas - também oferecem riscos, porque são considerados inócuos pela população, aplicados em excesso e mantidos ao alcance das crianças.

A questão é tão séria, que a Universidade Estadual Paulista, UNESP, criou um curso de especialização em Entomologia Urbana, no segundo semestre de 1999, visando formar recursos humanos para fazer o controle racional de insetos considerados pragas em ambientes urbanos, através de soluções técnicas adequadas, com menos riscos à saúde e ao meio ambiente.

Nos Estados Unidos, há um movimento de eliminação de venenos domésticos, utilizados nos jardins e quintais. Já existem, inclusive, empresas especializadas em fazer manutenção orgânica de jardins, como a In Harmony. A empresa mantém, em seu site, diversas páginas contendo informações sobre os riscos oferecidos pelos ven

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