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Assunto: Reciclagem de pneus
País: Brasil
Fonte: Revista Fapemig
Data: 7/2004
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
Curiosidade (texto):
Nova tecnologia mineira é simples e barata


No Brasil,100 milhões de pneus velhos estão espalhados em aterros, terrenos baldios, rios e lagos, segundo estimativa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). E, a cada ano, dezenas de milhões de pneus novos são fabricados no País. Em 2001, foram 45 milhões - cerca de 15 milhões exportados e 30 milhões destinados ao consumo interno. Sua principal matéria-prima, a borracha vulcanizada, mais resistente que a borracha natural, não se degrada facilmente e, quando queimada a céu aberto, contamina o meio ambiente com carbono, enxofre e outros poluentes. Esses pneus abandonados não são apenas um problema ambiental, mas também de saúde pública, pois acumulam água das chuvas, formando ambientes propícios à disseminação de doenças como a dengue e a febre amarela.

Para deter o avanço desse lixo, é preciso reciclar. No entanto, a reciclagem dos pneus chamados inservíveis - sem condições de rodagem ou de reforma - ainda é um desafio. "A composição da borracha vulcanizada confere a este material alta resistência química e física, fazendo da reciclagem um processo complexo e ainda não economicamente atraente para a indústria", explica o Prof. Rochel Montero Lago, pesquisador e professor do Departamento de Química da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). O desafio e a paixão pela natureza motivaram o doutor em química a buscar novas tecnologias para a reciclagem de pneus. Depois de dois anos de pesquisa no Laboratório de Tecnologia Ambiental da UFMG, e com o apoio da FAPEMIG, o Prof. Rochel coordenou a equipe de pesquisadores que desenvolveu um processo inédito de desvulcanização da borracha. Assim, a resistente e insolúvel borracha do pneu volta a ser matéria-prima e passa a ter aplicações mais nobres.

A tecnologia mineira é uma alternativa a esse enorme passivo ambiental que vem despertando a atenção do governo federal. Com a Resolução nº 258, em vigor desde 1º de janeiro deste ano, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) exige que as fábricas e distribuidoras de pneus reciclem 25% de sua produção em 2002, 50% em 2003 e 100% em 2004. No ano de 2005, a reciclagem deverá superar a produção: cinco pneus reciclados para cada quatro fabricados. Segundo o presidente da Anip, Gerardo Tommasini, para que as exigências do Conama sejam cumpridas, cerca de 7,5 milhões de pneus deverão ser reciclados este ano e 15,5 milhões em 2003.

Tapetes de automóveis e solados de sapatos são as aplicações mais comuns da borracha de pneu velho. Pneus inteiros são reutilizados como muros de arrimo, produtos artesanais ou na drenagem de gases em aterros sanitários. Isso, porque os processos de reciclagem usados no Brasil ainda não permitem aplicações de maior valor agregado. Na Europa, 40% desses pneus inservíveis são utilizados pelas fábricas de cimento como combustível alternativo no lugar do carvão, uma aplicação ambientalmente correta e que garante economia aos donos das chamadas "cimenteiras". Os pneus são picados e queimados em fornos fechados, onde a borracha sofre combustão total - ao contrário do que acontece na queima a céu aberto - e a fumaça tóxica emitida, preta e de forte odor, é filtrada para não poluir o meio ambiente. Mas no Brasil, essa prática ainda é uma novidade. Apenas uma fábrica, em Pedro Leopoldo/MG, adotou o pneu inservível como combustível alternativo.

Um processo de reciclagem interessante é a desvulcanização, em que o pneu velho volta a ser borracha e, por isso, pode ser transformado em diversos produtos. Mas esse processo também tem desvantagens: é caro, produz um material de composição indefinida e de características físicas inferiores e, ainda, é poluente. No entanto, no Laboratório de Tecnologia Ambiental da UFMG, já é possível desvulcanizar o pneu a um baixo custo e com controle da emissão de poluentes como o gás carbônico (CO2) e o dióxido de enxofre (SO2). O diferencial da nova tecnologia é a rota de desvulc

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