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Assunto: Lixo para alguns se torna grande tesouro para outros
País: Brasil
Fonte: www.reciclaveis.com.br
Data: 3/2005
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
Curiosidade (texto):
Produtos que para a maioria das pessoas não passam de lixo - como embalagens vazias, jornais velhos e vidro quebrado - garantem o sustento de centenas de famílias em Curitiba. Na cidade, segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, existem cerca de 15 mil carrinheiros. Eles são responsáveis pela coleta de 90% de todo material reciclável retirado das ruas, superando a quantidade arrecadada pelos caminhões do lixo que não é lixo. Em geral, os carrinheiros ganham entre R$ 12 e R$ 15 por dia. Os depósitos que compram os produtos coletados pagam, em média, R$ 3,50 por quilo de latinha de alumínio, R$ 0,25 por quilo de plástico e R$ 0,14 por quilo de papel. O trabalho ainda acontece de maneira desorganizada. "Trabalhar com coleta de recicláveis é alternativa para quem não consegue carteira assinada. Uma vez tentamos montar uma cooperativa com os carrinheiros da Vila Torres, mas não deu certo", comenta o presidente da Associação Comercial da Vila Torres (que agrega um grande número de carrinheiros), Timóteo Borges. O insucesso da cooperativa, de acordo com Timóteo, se deu porque os donos de depósito não mostraram boa vontade de trabalhar em condições de igualdade com os carrinheiros - hoje, muitos compram os produtos dos carrinheiros, obtendo maiores lucros - e porque os próprios carrinheiros não tinham condições de esperar trinta dias para receber salário. Eles geralmente ganham durante o dia o dinheiro com o qual vão comprar alimentos para sustentar suas famílias à noite. Carrinheiro Expostos a materiais cortantes e a agentes causadores de doenças, o dia-a-dia dos carrinheiros não costuma ser nada fácil. Os irmãos Daniel Alexandre, de 33 anos, e Moacir Mattos Alexandre, de 28, trabalham juntos coletando materiais recicláveis pelas ruas do município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Daniel está na atividade há oito meses, desde que realizou seu último trabalho como pedreiro e não conseguiu mais emprego com carteira assinada. Com o dinheiro que recebe, ele sustenta a esposa. Já Moacir está em Colombo há um mês, vindo do município de Paraíso do Norte, na região Norte do Paraná, onde trabalhava com corte de cana. Sem conseguir emprego com carteira assinada na Região Metropolitana, ele começou a ajudar o irmão como carrinheiro. "Tenho mulher e dois filhos (de cinco e um ano de idade) para sustentar. Trabalhar com a coleta de materiais recicláveis é, por enquanto, a única opção para que minha família tenha o que comer", afirma. Programas visam à conscientização Com a constatação de que papéis, vidro, plástico e alumínio podem ser reaproveitados e, assim, obter valor agregado e importância econômica e social, muitos programas de reciclagem começaram a ser desenvolvidos ao longo dos últimos anos. No ano de 2001, o arquiteto Paulo Henrique de Oliveira Porta desenvolveu o Programa Lixo Limpo, que visa agregar valor a produtos que muitos consideram como lixo. O programa começa pela conscientização da população para que os resíduos não sejam contaminados e para que a separação dos materiais seja feita de forma eficiente. Assim, dentro de suas casas, as pessoas já realizariam a pré-separação do lixo. Exemplo: em uma garrafa PET, a embalagem plástica já seria separada do rótulo e da tampinha. Um copinho de iogurte, antes de ser destinado à reciclagem, seria lavado para que não restassem resíduos de alimento. Na seqüência, pessoas ficariam encarregadas de ir até as comunidades e recolher os materiais recicláveis, levando-os para ecopontos. De lá, os materiais seriam levados para barracões onde passariam por prensagem. Depois, os produtos prensados seriam encaminhados aos barracões intermediários e para um depósito final, de onde seriam comercializados para as empresas de reciclagem. "Quando o lixo chega limpo (sem contaminação), tem maior valor agregado. Em breve, o programa será colocado em prática através da criação de um projeto piloto com a organização não governamen

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