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Assunto: Doutorandos da UFRGS pesquisam produção de plástico biodegradável
País: Brasil
Fonte: http://www.ufrgs.br/jornal/agosto2002/pag13.html
Data: 1/2008
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
Curiosidade (texto):
ADEMAR VARGAS DE FREITAS Jornalista

Dois biólogos que fazem doutorado na UFRGS realizam pesquisa básica para a produção de plástico biodegradável a partir de bactérias que se alimentam de resíduos agro-industriais existentes no Brasil.


O biólogo Diego Bonatto e a bióloga Heique Bogdawa esperam desenvolver uma tecnologia brasileira, aproveitando a grande biodioversidade que o país tem. Eles estão sendo orientados pelo professor João Antônio Pegas Henriques, do Laboratório de Radiobiologia Molecular do Centro de Biotecnologia da UFRGS. Esse trabalho vem sendo desenvolvido há quatro anos e faz parte de um projeto da Comunidade Européia, que patrocina a pesquisa juntamente com a Fapergs (Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Sul). O CNPq e a Capes entraram com bolsas de doutorado, e a Copersucar dá apoio.
Segundo Heique Bogdawa, a pesquisa requer investimento, porque é uma área de ponta, que trabalha desde a microbiologia, uma ciência centenária, até a biologia molecular, relativamente mais nova e bem mais custosa. Mas depois que se entra na parte molecular do organismo, a pesquisa fica muito mais dispendiosa do que no começo, quando se trabalha para caracterizar quem é ela, como ela cresce. "Com a análise de DNA, a pesquisa fica mais cara. Praticamente todos os reagentes são importados."
Diego Bonatto explica que bioplástico é um polímero conhecido desde o início do século XX, mas ao qual não se deu muita importância, na época, devido à grande quantidade de petróleo existente e ao preço desse petróleo, que ainda é baixo. As indústrias preferem utilizar plástico de origem petroquímica em vez de investir no poliéster biológico, que exige investimento tecnológico muito alto. Além disso, ainda não se tem tecnologia para suprir a demanda do mercado em termos de produção de plástico biológico, que requer mais investimentos e mais pesquisa na área para, talvez, num futuro próximo, colocar esse produto no mercado.
"Começamos a pesquisar em 1998, mas esses polímeros foram descobertos em 1926, na França. Eram usados apenas para classificar bactérias de um determinado gênero e não se pensava ainda em utilizá-los com o objetivo de, talvez, substituir o plástico petroquímico. Não tinham ainda essa visão. Era uma pesquisa mais acadêmica do que industrial."
Em 1998, o professor Henriques foi convidado a participar no projeto da Comunidade Européia, que na época estava começando e teve a associação de laboratórios da América do Sul (Argentina e Brasil) e da Europa (Espanha e Alemanha). Ele convidou alguns alunos a fazer parte do projeto. Além de Bonatto e Heique, participam dois bolsistas de iniciação científica: Fernanda Matias, que faz Ciências Biológicas na UFRGS, e Márcia Pagno Lisboa, que faz Ciências Biológicas na PUCRS.

PESQUISA BÁSICA
A pesquisa básica é diferente da pesquisa aplicada, informa Bonatto. Neste caso, consiste em isolar um organismo que possa produzir bioplástico e estudar tudo a respeito dele: como cresce, em que condições cresce, o que é necessário oferecer a ele para que produza bioplástico. São parâmetros básicos antes de aplicar em um processo industrial. "Então, a gente faz a pesquisa básica, analisa, vê se o organismo pode entrar na parte industrial. Como na indústria, é preciso fazer uma pesquisa para saber se o produto é viável economicamente. Extrapolando para a parte científica, é preciso estudar bem a biologia do organismo, como ele se comporta em determinados ambientes, o que é necessário para que produza o polímero."
Nesse trabalho, Diego e Heique já chegaram ao plástico biodegradável. O objetivo é, primeiro, explorar o máximo possível da biodiversidade microbiana de solos. Depois, pesquisar organismos que naturalmente não produzem o plástico e por meio de engenharia genética fazê-los produzir. Isso vai introduzir novos conceitos e alternativas para a pesquisa, desde que novos grupos se interessem em pesquisar. Bonatto esclarece: "Nós, sozinh

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