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Assunto: A força poluidora do óleo de cozinha. O que fazer?
País: Brasil
Fonte: reciclaveis.com.br
Data: 2/2012
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
URL: http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00810/0081029oleo.htm
Curiosidade (texto):
Toda vez que um litro de óleo de cozinha é despejado pia abaixo contamina o volume de água suficiente para 14 anos de consumo de um ser humano. O efeito é mesmo devastador: afeta a qualidade de um milhão de litros de água. Os números são consenso entre pesquisadores, organizações não-governamentais (ONGs) e governo e assustam, principalmente quando se pensa em uma sociedade como a pernambucana, na qual a coleta seletiva do óleo de cozinha ainda é pouco difundida e, menos ainda, praticada. Tanto que o produto representa 0,001% do total de material reciclável coletado mensalmente pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) - o papel é o campeão, equivalendo a 71%. Aparentemente inofensiva, a prática de jogar o óleo na pia é danosa tanto para o meio ambiente quanto para a infra-estrutura de escoamento de uma cidade. O produto é capaz de formar uma camada na superfície das águas, impedindo a oxigenação nela. "A flora e a fauna que se desenvolvem dentro das águas tendem, então, a morrer", alerta o gerente de coleta seletiva da Emlurb, André Penna. Além disso, pode impermeabilizar solos, dificultando a penetração da água das chuvas e provocando alagamentos. Os danos começam logo após o descarte. O óleo pode formar uma espécie de crosta dentro de canos e galerias pluviais durante a passagem. Assim, essas estruturas podem ficar entupidas ou mesmo estourar. "Sabe aquela sujeira preta freqüentemente encontrada nas proximidades de restaurantes? Aquilo é óleo despejado em pia", ilustra Penna. Para evitar tantos prejuízos por causa de um descarte inadequado de material, o coordenador da Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape), Sérgio Nascimento, dá a dica. A pessoa deve deixar o óleo pós-consumo esfriar por alguns minutos e, em seguida, despejá-lo com a ajuda de um coador em uma garrafa PET ou em uma bombona. "Coar é importante para diminuir a quantidade de resíduos orgânicos no óleo. Os restos de comida diminuem a qualidade do óleo e as chances de ele ser reutilizado", justificou. O recipiente pode ser então levado para um ponto de coleta. Localizada no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, a Amepe recebe uma quantidade variável de óleo de cozinha por semana. "Às vezes, conseguimos coletar 20 litros, mas tem semana em que chegam só dois", lamentou Sérgio Nascimento. Segundo estimativa do coordenador, em média 10 pessoas vão ao local semanalmente para entregar óleo de cozinha - normalmente são mulheres engajadas em causas ambientais e que residem nas proximidades da Amepe. O óleo coletado é despejado em um dos dois tonéis da ONG, cada um com capacidade para armazenar 100 litros, e depois entregue a uma gestora de resíduos, que analisa a qualidade do produto e repassa o material para indústrias ou produtores individuais. A Amape recebe material reciclável de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e aos sábados, das 7h às 12h. Uma alternativa para os mais ocupados é pedir que os próprios funcionários de pontos de coleta peguem o óleo armazenado na casa do consumidor, prática que nem sempre é feita pelas entidades. A jornalista Janayde Gonçalves, 24 anos, localizou recentemente uma ONG desse tipo, a Bumerangue Reciclagem, localizada em Jardim Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Janayde morava em Fortaleza, no Estado do Ceará, mas se mudou para o Recife em janeiro deste ano, para cursar mestrado. Em Fortaleza, ela fazia a coleta seletiva de óleo de cozinha, mas na nova cidade ainda não havia encontrado local aonde levar o material armazenado. "Por falta de tempo e por usar pouco o óleo em casa, acabei deixando o tempo passar. Guardava em garrafinhas para não despejar na pia, mas acabava jogando no lixo", afirmou. A Bumerangue Reciclagem pede que pelo menos um litro do óleo seja armazenado antes de entregue. Janayde ainda quer multiplicar a quantidade de pessoas ecologicamente responsáveis na cidade. No condomínio onde mora, no bairro da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, recentemente começou a ser feita coleta seletiva de materiais reutilizáveis, mas o óleo de cozinha não foi incluído na lista. "Na próxima reunião dos condôminos, vou propor que façamos também esse tipo de separação", prometeu. Fonte: Tatiana Ferraz (JC OnLine)

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