Assim como foi imposto à indústria de pneus, obrigadas a reciclar os pneus na mesma quantidade que novos são comercializados, algum deputado federal deveria propor uma lei similar para a indústria de automóveis. No caso dos pneus, a lei começou obrigando a reciclar um pneu a cada quatro vendidos, depois a cada três e assim sucessivamente. Hoje, a entendida que representa as fabricantes, a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) é a responsável pela tarefa de recolher e destinar à reciclagem os pneus inservíveis. Para isso, a entidade criou o Programa Reciclanip. Já foram recicladas 979 000 toneladas de pneus. Lógico que a complexidade de reciclar um automóvel inteiro é muito maior. Portanto, a lei poderia propor, por exemplo, que a indústria automobilística começasse reciclando 1% de sua produção anual e esse número fosse crescendo. A quantidade de automóveis inservíveis que circulam pelas cidades é gigantesca e esses veículos continuam circulando por falta ou omissão da fiscalização. Tecnologia para isso existe, pois muitos países europeus já utilização. A Fiat Automóveis há cerca de 10 anos, importou da Itália um projeto chamado F.a.r.e, mas que não foi adiante por falta de apoio governamental. A reciclagem de automóveis não só limparia terrenos que servem para acumular latas-velhas (que também são fontes de dengue), como também aumentaria a segurança nas ruas e criaria uma nova indústria no Brasil, fonte de empregos e renda. Portanto, está aí uma excelente dica para algum deputado federal que queira fazer algo de útil para o Brasil. Setor Reciclagem fonte: www.odebate.com.br