Cada cidadão europeu produziu, em média, 522 quilos de lixo durante o ano de 2007. O português produziu um bocadinho menos, 472 quilos. Mas apesar dos esforços de sensibilização, 42 por cento do lixo europeu continua a ir para o aterro. Apenas 22 por cento é reciclado, segundos dados divulgados pelo Eurostat. Portugal utiliza ainda mais os aterros, para onde enviou 63 por cento dos seus resíduos sólidos urbanos (RSU). Dezanove por cento foi incinerado, oito por cento reciclado e dez por cento reaproveitado através da compostagem. Segundo o Eurostat – que analisou a quantidade de lixo tratado pelos serviços municipais - a média europeia para a incineração foi de 20 por cento, para a reciclagem foi 22 por cento e para a compostagem 17 por cento. Os campeões na produção de RSU foram a Dinamarca (com 801 quilos por habitante) e a Irlanda (786 quilos); os habitantes que produziram menos lixo foram a Roménia, Letónia, Polónia, Eslováquia e República Checa, todos com menos de 400 quilos por pessoa. Alemanha, Bélgica e Suécia são os países que mais reciclam Segundo o Eurostat, os Estados membros da União Europeia com a taxa mais elevada de reciclagem foram a Alemanha (46 por cento), a Bélgica (39 por cento) e a Suécia (37 por cento). A incineração é o destino mais procurado para a Dinamarca (53 por cento), Luxemburgo e Suécia (ambos com 47 por cento). Mas houve países que não queimaram resíduos de todo, como a Bulgária, Irlanda e a Grécia. A Bulgária envia todo o lixo tratado para aterro. Entre os países que mais utilizam os aterros estão ainda a Roménia (99 por cento) e a Lituânia (96 por cento). A compostagem é um método mais usado na Áustria (38 por cento dos resíduos tratados), Itália (33 por cento) e Holanda e Luxemburgo (ambos com 28 por cento). A compostagem e reciclagem representaram mais de 50 por cento dos RSU tratados na Alemanha (64 por cento), Bélgica (62 por cento), Holanda (60 por cento) e Áustria (59 por cento). Fonte: Público.pt