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Assunto: Produto sustentável ainda gera confusão
País: Brasil
Fonte: http://www.reciclaveis.com.br/noticias/01008/0100810confusao.htm
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
URL: http://www.reciclaveis.com.br/noticias/01008/0100810confusao.htm
Curiosidade (texto):
O consumidor brasileiro ainda enfrenta dificuldades na hora de optar por produto sustentável em seu dia a dia. Não pela falta de produtos com essas características (leia abaixo). Ao contrário: uma das maiores dificuldades hoje é conseguir diferenciar quem é realmente sustentável de quem só usa esse argumento para vender mais, no "greenwashing" (lavagem verde, em inglês). Recentemente, a Market Analysis divulgou resultado de pesquisa que incluiu a visita a 15 lojas (supermercados, farmácias, livrarias etc.) em busca de rótulos com apelo socioambiental. Foram encontrados 501 produtos de diferentes categorias, que, juntos, somam 887 apelos. Cosméticos e produtos de higiene pessoal lideram a lista. Num supermercado de pequeno porte em São Paulo, a reportagem encontrou mais de 40 produtos com algum apelo semelhante. De shopping centers a lojas de material de construção, é impossível não se deparar com termos "eco" ou "planeta" associados a produtos e serviços. Já que grande parte das marcas e produtos passaram a se autoafirmar "sustentáveis", como diferenciar quem é quem? "Na ausência de selos mais genéricos que garantam que não somente os produtos mas também as empresas se preocupam com esse tema, a única resposta possível é: pesquisando", aponta Hélio Mattar, do Instituto Akatu. Dificuldades VERDES Não é uma tarefa fácil. Ao procurar informações nos sites das empresas, por exemplo, o consumidor muitas vezes terá a sensação de que aquela página pertence a uma organização socioambiental, tamanha a quantidade de dados que trazem preocupação com o planeta. Para piorar, os relatórios de sustentabilidade divulgados pelas companhias raramente destacam aspectos negativos de seu impacto socioambiental, como problemas trabalhistas sérios ou vazamentos de resíduos. Mas nem tudo está perdido. As redes sociais na internet, por exemplo, são consideradas uma verdadeira revolução para o consumidor em busca de informações. Como afirma um dos autores do livro "A Empresa Transparente", Dan Tapscott, "pessoas e instituições que interagem com as empresas estão ganhando um acesso sem precedentes a todo o tipo de informação sobre o comportamento, as operações e o desempenho corporativos". Os selos e certificações também são uma orientação importante. Sobretudo se concedidos por terceiros. "O consumidor tem dificuldades em diferenciar a autodeclaração da empresa dos selos concedidos por uma terceira parte. É importante que ele também pesquise sobre selos", diz Luís Fernando Guedes Pinto, do Imaflora, uma das certificadoras do selo FSC (Conselho de Manejo Florestal). Idoneidade Publicações com rankings e guias de sustentabilidade igualmente ajudam, desde que a idoneidade do veículo seja previamente analisada. Há também rankings promovidos por organizações ambientalistas independentes, caso do Guia de Eletrônicos Verdes, do Greenpeace. Ainda que de maneira incipiente, grandes varejistas começam a destacar produtos com atributos de sustentabilidade. E há um esforço grande para que eles tenham preço próximo aos similares sem essa preocupação. Isso tudo garante somente escolhas sustentáveis? "Com a quantidade de "greenwashing" existente e as dificuldades de seleção apresentadas, não há garantias de que todas as opções na hora da compra serão sustentáveis", conclui Mattar, do Akatu. Ao selecionar produtos com essas características, no entanto, o consumidor estará exercendo o seu maior poder: influenciar empresas e produtos nessa direção. O que é PRODUTO SUSTENTÁVEL? São aqueles que oferecem benefícios ambientais, sociais e econômicos em relação aos seus pares; Ao mesmo tempo, se preocupam com questões de saúde pública, bem-estar social e ambiente, da extração das matérias-primas ao descarte final; Isso inclui maior índice de itens recicláveis e menor consumo de energia e de água nas etapas de produção; Também inclui mitigação das emissões de CO2 e menor índice de componentes tóxicos. 10 evidências de "GREENWASHING" 1 - Linguagem "fofa" Usar termo sem significado claro. Ex.: "amigo do planeta". 2 - Produtos verdes x empresas sujas Ex.: Lâmpadas eficientes feitas em fábrica poluidora de rios. 3 - Imagens sugestivas Imagem "verde" sem justificativa, como flores saindo de escapamento de carro. 4 - Crédito irrelevante Enfatizar atributo ecológico mínimo quando o resto do produto não é verde. 5 - Melhor da classe? Declarar produto como o melhor de uma categoria que tem péssimas referências. 6 - Improvável Produto nocivo passa por ecológico. Ex.: cigarro "verde". 7 - Jargões Usar informação que só um cientista pode verificar. 8 - Amigos imaginários Informações que parecem endossadas por terceiros, mas são maquiadas. 9 - Sem provas Qualidades ecológicas sem comprovação. 10 - Mentiras Informações e alegações totalmente falsas. Consumidor desconfia de empresa "verde" Empresas que usam argumentos sustentáveis em seus produtos devem ficar atentas para a desconfiança do consumidor em relação ao tema. Segundo diversas pesquisas, a maior parte dos consumidores acredita que as empresas não transmitem suas informações de caráter socioambiental de maneira apropriada. Ou seja: que usam esse tipo de informação apenas para aparecer bem na fotografia e vender mais produtos. Outro desafio importante se refere aos preços, que na média ainda são maiores para os produtos sustentáveis. É preciso ficar atento ao fato de que muitas vezes o preço mais baixo se refere a produtos sem origem legal. Uma realidade bastante comum, por exemplo, no mercado de madeira. Como a procura por produtos com esse apelo também aumentou, há ainda casos em que os custos de uma produção sustentável são semelhantes ou até mais baixos (menor consumo de água e energia, por exemplo), mas as empresas acabam engordando os preços em função da demanda aquecida. "De qualquer forma, há investimentos necessários, como tratamento dos resíduos, contratação de pessoas etc. Alinhar esses investimentos com os preços no longo prazo é um desafio que as empresas terão de enfrentar", diz Luís Fernando Guedes Pinto, do Imaflora, uma das principais certificadoras do país. Fonte: André Palhano (Folha de S.Paulo)

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