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Assunto: Sacolas oxi-biodegradáveis: solução ou problema?
País: Brasil
Fonte: http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/5872
Data: 11/2011
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
URL: http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/5872
Curiosidade (texto):
Reportagem ANGÉLICA NEIVA E GABRIELLA PITA, especial para o Comunicação On-line Edição GUILHERME DE SOUZA Não é segredo para ninguém que as sacolas plásticas prejudicam o meio ambiente. Não somente por seu tempo de decomposição – ela demora até 450 anos para se degradar – mas também porque quando usada para armazenar o lixo, não permite que resíduos biodegradáveis, como restos de comida, se decomponham mais rápido. Na tentativa de amenizar o problema, o Paraná aprovou uma lei, em julho do ano passado, que obriga os supermercados do Estado a reduzir o impacto causado pelos utensílios. Grandes redes como Condor, Festval e Mufatto optaram pelo uso das sacolas oxi-biodegradáveis, cujo processo de degradação é mais rápido, um período aproximado de 18 meses após seu descarte. O que poucos sabem é que isso só acontece em condições de luz e temperatura específicas e, mesmo assim, alguns especialistas questionam se o material realmente chega a ser decomposto, já que ele, ao contrário do que seu nome diz, não é biodegradável. “O material oxi-biodegradável contém um aditivo que, na presença direta de luz e calor acima de 40°C entra em funcionamento, degradando o plástico. Em Curitiba quando você vê 40°C?”, indaga a professora de Química Orgânica da UFPR Sônia Zawadzki. Ela explica que é a reação fotoquímica que promove a degradação e não os seres vivos, por isso é errado dizer que as sacolas são biodegradáveis. “Várias pesquisas feitas por empresas ou centros de pesquisa misturam plástico convencional com amido, que é biodegradável, mas o plástico continua não sendo biodegradável. O microorganismo come o amido, mas o plástico continua lá”, aponta. Controvérsias Para o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, as sacolas oxi-biodegradáveis só trazem benefícios ao meio ambiente. “Estamos trabalhando para tornar obrigatório o uso das sacolas oxi-biodegradáveis para armazenamento do lixo”, afirma Rodrigues. Segundo o site Reusable Bags, que é inteiramente dedicado a iniciativas que diminuam o uso deste tipo de material, estima-se que são consumidas de 500 bilhões a um trilhão de sacolas plásticas por ano pelo mundo. Enquanto se decompõe, o plástico pode liberar fragmentos que contaminam o solo e a água. O mesmo acontece com os sacos feitos com substâncias oxi-biodegradáveis. No processo de degradação são liberados metais pesados com níquel, cobalto e manganês. Além disso, gases que estão diretamente ligados ao efeito estufa, como o CO2 e o metano, também são emitidos. Enquanto não sabe os reais benefícios das sacolas oxi-biodegradáveis, Dona Dulce Nery, de 77 anos, optou pela sacola de feira, que sempre a acompanha ao mercado. “Prefiro usar sempre a minha sacolinha de pano. Para quê pegar as de plástico, se vou usá-las só por 15 minutos?”, questiona. Já a funcionária pública Élide Cristina Crema adotou outra estratégia para reduzir o consumo de sacos plásticos. Em vez de usar as que o supermercado oferece, pede para que a atendente coloque as mercadorias em caixas de papelão. “Pelo menos estou contribuindo um pouquinho”, diz. “Se cada um encontrar uma maneira de diminuir ou acabar com o uso de saquinhos plásticos, com certeza as coisas vão melhorar”. Tempo médio de decomposição dos resíduos Papel - 3 meses Palito de fósforo - 6 meses Ponta de cigarro - 1 a 2 anos Chiclete - 5 anos Lata - 10 anos Garrafa de plástico - mais de 100 anos Latinha de cerveja - 200 anos Tecido - de 100 a 400 anos Fralda descartável - 600 anos Vidro - mais de 4.000 anos Fonte: Natural Limp – Empresa de elaboração de projetos de reciclagem.

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