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Assunto: Projeto Lixeira Viva: saiba reaproveitar os resíduos orgânicos
País: Brasil
Fonte: http://www.portalctea.com.br/2011/06/23/projeto-lixeira-viva-saiba-reaproveitar-os-residuos-organicos/
Data: 5/2012
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
URL: http://www.portalctea.com.br/2011/06/23/projeto-lixeira-viva-saiba-reaproveitar-os-residuos-organicos/
Curiosidade (texto):
Todos os dias, toneladas de resíduos, vindos da nossa alimentação, são descartados, na maioria dos casos, indo parar em aterros sanitários. Restos de comida, cascas de frutas, pacotes, garrafas, latas, copos, etc. A lista é grande. Este ciclo tem trazido sérios problemas pela maneira como são manejados, poluindo grandes áreas de terra e rios. O fato é que a comida gera resíduos, mas será que esse é o melhor jeito de descartar estes restos? Será que todas essas coisas são lixo? Considera-se lixo tudo aquilo que não serve mais, que pode ser descartado. Mas, na verdade, muita coisa que jogamos fora tem uma riqueza incrível, principalmente os restos orgânicos. Na visão de Eduardo Feniman, um dos articuladores do Projeto Lixeira Viva, que desde 2006 incentiva o manejo responsável do lixo doméstico, utilizando sistemas de vermicompostagem para transformá-lo em fertilizante, nem tudo que produzimos e descartamos pode ser considerado lixo. “O que é comumente chamado de ‘lixo orgânico’, nós vemos como ‘vida’. Verdadeiros presentes que, quando mantidos responsavelmente no ciclo equilibrado da Criação, permitem aos seres humanos a auto-suficiência, sem o esgotamento daquilo que a natureza nos oferece, através do processo natural de compostagem”, destaca. O grupo considera lixo tudo aquilo que teve seu ciclo natural quebrado, perdendo a capacidade de retornar à vida, como o plástico, metal, vidro, isopor, e outros produtos, muitos derivados do petróleo. “Estes têm um ciclo tão longo que ultrapassa o tempo de uma vida, ou seja, estamos deixando de herança a nossos filhos montanhas de lixo”, fala Eduardo. No tempo de nossos avós, quando não havia tanto plástico, nem caminhões de coleta na porta de casa, as pessoas costumavam compostar no quintal os restos de alimentos, criando um rico adubo para as hortas. Mas, o que é compostagem? “É um processo natural de decomposição biológica de resíduos orgânicos que origina um produto estabilizado chamado composto, graças à atividade de seres vivos. O composto possui muitos nutrientes e é facilmente assimilado pelas plantas, é útil na agricultura, jardinagem, parques públicos, etc”, explica Eduardo. O processo é simples. O que acontece é uma reação entre o elemento carbono junto com o elemento nitrogênio, presente em todos os materiais vegetais. Eles estão distribuídos da seguinte forma: Carbono: vegetais secos, geralmente de cor castanha (folhas secas, cortes de grama, serragem, palhas, esterco). Nitrogênio: Vegetais frescos (restos de comida, folhagens, cascas de frutas e verduras). “Quando juntados na proporção adequada, estes dois elementos (dois de carbono para um de nitrogênio) em um ambiente onde haja também o oxigênio, os vegetais, ao invés de apodrecer, vão se decompor”, ensina. Existem três modelos que podem ser escolhidos, de acordo com as necessidades de cada um. “É possível compostar utilizando diversos recipientes por meio do mesmo processo. O importante é pensar naquele que melhor adapta ao seu espaço: Baia: estrutura montada em madeira, formando uma grande caixa. É possível fazer com paletas, utilizado no transporte de cargas. A vantagem é a facilidade na montagem e a capacidade de processar grandes quantidades, ideal para quem tem um quintal que produz muita poda de jardinagem. Barrica: é um tambor plástico com vários furos pequenos (uma broca n° para aeração e uma portinhola na sua base, para retirar o composto pronto. Você coloca os materiais pela tampa de cima, e retira o composto pronto pela parte de baixo. Lixeira viva: são três recipientes (caixas ou baldes) empilhados. As duas de cima são furadas no fundo, por onde passam as minhocas e o líquido, que fica acumulado no recipiente de baixo. Esse é o modelo mais eficiente na cidade, a retirada do composto é feita sem a necessidade de grandes ferramentas, e o kit é muito compacto, cabendo em qualquer lugar, servindo até mesmo para quem mora em um apartamento”, ensina Eduardo. Entretanto, em todos os modelos o princípio é o mesmo: 1. Coloque uma primeira camada de vegetais secos (carbono) no fundo. Quem escolher a baia deve fazer antes uma camada com galhos picados, para que não acumule água no fundo e colocar uma tela nas frestas da madeira e sobre a caixa para evitar que apareçam baratas ou ratos. 2. Comece a colocar os restos orgânicos fazendo camadas com os vegetais secos. A falta de carbono sobre a compostagem deixará os vegetais frescos expostos, podendo aparecer muitas moscas e outros animais atrás de alimento. 3. O processo de decomposição ocorre entre 90 e 120 dias. É possível acelerar isso com a presença de minhocas, especialmente da espécie Vermelha da Califórnia, utilizada na agricultura para a produção de húmus. Se optar pela ajuda delas, evite colocar na composteira vegetais de sabor forte, como pimenta, alho, cebola e as frutas cítricas. Eles contêm muita acidez, o que prejudica as minhocas. Alimentos cozidos em grande quantidade também ficam ácidos (azedam) com rapidez, evite-os. O melhor destino para este tipo de restos são as galinhas. Estará pronto quando aquele material orgânico estiver parecido com uma terra bem preta. Cada modelo tem suas peculiaridades. “Para o uso da baia, recomendamos que ela seja divida em duas partes. Coloque os orgânicos em uma delas durante 60 dias, se utilizar minhocas e, 120 dias se não utilizá-las. Depois, comece a colocar no outro lado. Assim, a pilha terá tempo suficiente para se decompor e a retirada do composto ficará mais fácil. A oxigenação é muito importante para manter os organismos vivos no sistema. A baia e a barrica são os modelos onde a entrada de ar é mais complicada, por receber uma quantidade muito grande de matéria orgânica num único recipiente. Para evitar problemas, recomendamos que seja mexido a cada 15 dias. Finque um pedaço de madeira sobre a pilha, o mais profundo que conseguir colocar. Mexa-a de um lado para outro, de forma a deixar o buraco no meio da pilha. Isso facilitará a entrada de oxigênio no centro. Em espaços pequenos, o modelo mais recomendado é a Lixeira Viva, que tem a manutenção mais fácil e é menos suscetível a insetos e animais indesejados. É possível encontrar as minhocas vermelhas da Califórnia com produtores de húmus. Algumas casas de pesca comercializam minhocas, geralmente elas são desta espécie. Todas as minhocas se alimentam de matéria orgânica, mas essa espécie é a que mais consome esse tipo de material, comendo a metade do peso dela por dia”, finaliza Eduardo. Mais informações de como cuidar do lixo em casa com o processo de compostagem estão disponíveis no site www.lixeiraviva.com.br

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