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Assunto: Resíduos siderúrgicos viram tintas e corantes
País: Brasil
Fonte: http://noticias.bahianoticias.com.br/conteudo/imoveis/noticias/residuos-siderurgicos-viram-tintas-e-corantes
Data: 6/2012
Enviado por: Rodrigo Imbelloni
URL: http://noticias.bahianoticias.com.br/conteudo/imoveis/noticias/residuos-siderurgicos-viram-tintas-e-corantes
Curiosidade (texto):
Em vez de poluir o meio ambiente, resíduos de siderurgia estão sendo transformados em pigmentos da indústria química para a produção de tintas, corantes e outros produtos para a construção civil. Estudo pioneiro no país, realizado pela Escola de Engenharia de Lorena (EEL), braço da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), mostrou que é possível dar um fim mais nobre aos resíduos obtidos na limpeza das chapas metálicas laminadas. Em tempos de crescimento acelerado da construção civil, motivado principalmente por programas como o Minha Casa, Minha Vida, desenvolver pigmentos mais baratos e obter melhor aproveitamento do resíduo siderúrgico são iniciativas positivas, por otimizar processos industriais e, ao mesmo tempo, reduzir o passivo ambiental. O coordenador do programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais da EEL/USP, Fernando Vernilli, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, aponta que o estudo é um esforço para unir as duas pontas essenciais ao desenvolvimento: o retorno financeiro decisivo para a continuidade da produção siderúrgica e a melhoria da qualidade de vida, um desafio da ciência. Não é de hoje que eliminar os resíduos depositados na natureza é uma busca de vários pesquisadores. O estudo da Escola de Engenharia de Lorena apontou solução para o excedente do ácido gerado na limpeza das chapas de aço dentro da acearia da CSN. Todo o excedente do produto gerado na Unidade de Regeneração de Ácido Clorídrico (URA) era transportado de Volta Redonda (RJ) para a planta da siderúrgica em Araucária (PR). "Não é só o custo rodoviário que pesa nessa operação", explica Vernilli. Segundo o professor, o subproduto gerado no processo tradicional eram esferas de metal ou as chamadas granalhas de óxido de ferro utilizadas para o jateamento de superfícies, de baixo valor agregado, diferentemente dos pigmentos e do cloreto de amônio, gerados a partir do estudo. A solução proposta aponta uma alternativa às situações de emergência operacional da URA, mas também para um eventual aumento de produção das linhas de decapagem contínua, onde o processo de limpeza das lâminas se repete. "O estudo propõe a inertização da solução iônica de cloreto ferroso, resultando na geração de dois produtos: um pigmento inorgânico, destinado à indústria de tintas e corantes, e um sal, o cloreto de amônio, que pode ser usado pela indústria de fertilizantes ou para a produção de ração animal", ressalta Vernilli. Os pigmentos inorgânicos atóxicos, além de consistir em uma solução ecologicamente correta, permitindo a substituição dos pigmentos de metais pesados como chumbo, molibdênio, cromo e cádmio, oferece um produto com excelentes propriedades coloríficas e de durabilidade compatível com os pigmentos oferecidos no mercado. Outro fator relevante do estudo, que já desperta o interesse de siderúrgica mineiras, é o valor agregado do pigmento em relação à granalha, gerada atualmente. "Se usarmos como base de comparação os valores praticados no mercado em fevereiro de 2012, teremos na pior das hipóteses um produto cujo valor é o dobro do valor obtido com a granalha." Outro diferencial do estudo é que ele atende a demanda de outro setor que tradicionalmente enfrenta deficiências e dependência do mercado internacional, assim como oscilações da política cambial: o segmento de fertilizantes agrícolas. Parte do material reaproveitado pode ser transformado em adubo aplicado por aspersão, direto no solo, caso a localização da lavoura seja próxima à acearia. Para locais distantes, o produto pode ser cristalizado para o transporte e depois misturado a outros componentes. A inovação do estudo que reutiliza os resíduos da limpeza de lâminas de aço está na redução de etapas na síntese dos pigmentos e na redução dos custos. A pesquisa pode abastecer a custo menor o mercado de tintas para construção, que cresce 7% ao ano. Mais de 45 projetos já foram realizados pelas instituições em parceria com a CSN. Mas, segundo Vernilli, ainda há muito a ser feito no setor, principalmente na área de resíduos e melhoria de materiais. A pesquisa da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP recebeu o Prêmio de Recuperação do Valor Econômico de Resíduos Gerados, promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM). A parceria entre a EEL/USP, a Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e a CSN já foi premiada também pela produção de fibras de vidro a partir da escória do autoforno. (com informações de Correio Brasiliense)

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